quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Entenda melhor o Diabetes


     Dizer que uma pessoa tem diabetes é o mesmo que dizer que ela tem uma quantidade de açúcar no sangue acima do que seria normalmente esperado. Até que isso poderia não significar muito, a não ser pelo fato de que este excesso de açúcar e as alterações hormonais que o acompanham costumam agredir os vasos sanguíneos e alguns dos principais órgãos do nosso corpo.
     E a pergunta que logo vem à mente é: por que essas pessoas acumulam uma quantidade maior de açúcar no sangue? A resposta está em um hormônio bastante conhecido: a insulina.
Para entender melhor, imagine que você esteja dirigindo e seu carro começa a falhar. No painel, uma luz indica que é preciso reabastecê-lo. Após encher o tanque, o automóvel volta a funcionar. Agora pense na mesma situação acontecendo com o seu corpo. Assim como o veículo, a máquina humana também precisa de combustível para entrar em ação. Se faltar gasolina, o organismo sofre as conseqüências. Nosso combustível é a glicose (açúcar) retirada dos alimentos, que produz a energia necessária para sobrevivermos. Da mesma forma que a gasolina necessita de uma mangueira para ser colocada no tanque, a glicose precisa da insulina, hormônio fabricado no pâncreas que facilita a entrada do açúcar nas células. Só que para quem tem diabetes esse mecanismo não funciona assim. Quando o organismo não produz, produz insuficientemente ou não processa a insulina de forma adequada, há um aumento das taxas de glicose no organismo que, em níveis elevados, pode ser tóxica e levar a uma série de conseqüências.

A insulina, a glicose e o diabetes

     A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que tem por função facilitar a entrada de açúcar no interior das células. Este açúcar, representado principalmente pela glicose, é fundamental para que a célula produza energia para sobreviver. Assim, a insulina circula pelo sangue e "abre as portas" das células para a entrada da glicose. Portanto, fica fácil entender porque a falta de insulina faz com que as células não consigam aproveitar a glicose como fonte de energia. É como se nossas células tivessem alimento à sua disposição, mas não conseguissem abrir a boca para comê-lo.




     A glicose é um tipo de açúcar ou, falando de uma maneira mais técnica, é um tipo de carboidrato.

Glicemia, hiperglicemia, hipoglicemia...

     A quantidade de glicose que existe no sangue é chamada de glicemia. A glicemia depende diretamente da insulina produzida pelo pâncreas e da quantidade de açúcar - ou carboidratos - que ingerimos durante o dia. Portanto, para se atingir um equilíbrio ideal na quantidade de glicose no sangue é necessário que exista, pelo menos, um balanço entre o que comemos e a quantidade de insulina que o pâncreas produz.
     Se comermos muitos carboidratos, nossa glicemia vai subir... Porém, se o pâncreas estiver funcionando bem, produzirá rapidamente uma quantidade maior de insulina para fazer com que toda aquela glicose possa ser aproveitada pelas células. Mas, e se o pâncreas não conseguir aumentar sua produção de insulina? Ao respondermos a essa pergunta, começamos a entender o que é o diabetes.
     Sempre que a insulina produzida não for suficiente para colocar a glicose para dentro das células, teremos um excesso de glicose do sangue. É o que chamamos de hiperglicemia. Por outro lado, se comermos pouco carboidrato em relação à quantidade de insulina que está circulando, sobrará pouca glicose no sangue. Neste caso, falamos em hipoglicemia.

 

O exame de glicemia

      A glicemia nunca é igual ao longo do dia. Depois que comemos ou depois de muito tempo em jejum, a glicemia pode variar entre muito alta e muito baixa ou ainda oscilar de minuto a minuto. Por isso, ao colhermos um exame de glicemia, pede-se jejum de pelo menos 8 horas na tentativa de se padronizar os resultados.
     Caso o exame de glicemia seja colhido pouco depois de uma refeição, por exemplo, o resultado será muito maior do que se fosse colhido em jejum.
     Nos indivíduos sem diabetes, a variação da glicemia em jejum vai de 70 mg/dL a 100 mg/dL; valores acima de 100 mg/dL já são considerados como hiperglicemia, sendo um alerta de que algo não vai bem. Se medirmos a glicemia duas horas após uma refeição, a mesma não deverá ultrapassar os 200 mg/dL. Se ultrapassar, estaremos diante de uma hiperglicemia pós-alimentar ou pós-prandial.

 

 

Fonte: www.diabetesnoscuidamos.com.br

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