segunda-feira, 19 de abril de 2010

Eu uso bomba de insulina…

Faz um tempo que estou tentando um novo tratamento para o diabetes: uma bomba de insulina. A decisão não foi fácil – até já comentei em post anteriores – mas os resultados tem sidos satisfatórios: a bomba não só melhora o controle como também proporciona mais flexibilidade e espontaneidade ao meu estilo de vida e ao planejamento da minha família. Além disso, permite uma liberdade significativamente maior na escolha de alimentos (e nas quantidades). Vale lembrar que a bomba não funciona sozinha (diferentemente do pâncreas artificial), ela precisa ser avisada. Como assim? Fácil: ela trabalha com um único tipo de insulina – a ultra rápida – de duas maneiras diferentes: basal (quantidade pequena de insulina que é programada para infusão 24h) e bolus (insulina enviada para refeições e correções de hiperglicemias). Esse esquema é parecido com o tratamento com seringas e canetas, mas sem necessidade de aplicação: eu aviso para a bomba o que vou comer e a minha glicemia, e ela calcula e solta a quantidade de insulina necessária (de acordo com a programação) – Quem quiser saber melhor como ela funciona, tenho material explicativo da Medtronic (existem outras marcas no mercado, mas eu só conheço realmente essa), só pedir. Mas nem tudo é perfeito e a bomba de insulina não significa a cura do diabetes. Tem muitas vantagens, sem dúvida, mas também apresenta desvantagens. Assim, pretendo, aos poucos, responder as perguntas mais freqüentes, baseada na minha experiência. Cabe a você, diabético, calcular o trade-off e perceber se a bomba é, ou não, o melhor tratamento para seu caso/momento…

# Como é estar ligado a alguma coisa o tempo todo?

Estranho e difícil, pelo menos no começo. Carregar uma bomba também significa “assumir” o diabetes: muitas pessoas vêem e perguntam o que é. Por um lado é bom, você aprende a falar sobre isso, por outro, é uma “exposição” a mais, que muitos diabéticos preferem evitar. É com o tempo e prática que você acostuma e aprende: aprende a colocar a bomba embaixo do travesseiro para dormir, aprende a fazer malabarismo para se vestir com a bomba conectada, aprende a tornar o aparelinho invisível. A bomba vai estar lá, e você precisa aprender. Além do mais, ainda é possível desconectar a bomba por curtos períodos, uma vez que ela não é a prova d´àgua.


FONTE: Blog de Carol Naumann
http://canaumann.wordpress.com/2010/04/16/eu-uso-bomba-de-insulina/

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